João Pereira, de 32 anos, amputado da mão esquerda, é desde esta segunda-feira o primeiro português com uma mão biónica, ou seja, uma mão eléctrica que lhe permitirá, depois de «muito treino e paciência», realizar movimentos com todos os dedos.
A mão biónica entregue a João Pereira, distingue-se das restantes próteses eléctricas convencionais por permitir "o movimento harmonioso de todos os dedos da mão e a rotação do polegar". Foi desenvolvida por um grupo de investigadores escoceses, sendo composta por cinco motores independentes -um por cada dedo da mão. Cada dedo pode suportar até oito quilos e a mão permite dobrar, tocar, apanhar e apontar, aproximando-se dos movimentos da mão humana. Os gestos da mão são possíveis graças a placas de eléctrodos que detectam sinais eléctricos gerados nos músculos remanescentes do membro amputado.
21 outubro 2008
14 outubro 2008
A ciência é imparcial?
Poderá a investigação científica ser realmente imparcial? A resposta óbvia é que não pode ser inequivocamente imparcial porque a ciência é feita por seres humanos e instituições humanas, que estão sujeitos à habitual cegueira facciosa.Mas há uma grande, uma imensa diferença entre ver que a ciência, como tudo o resto, não pode ser inequivocamente imparcial, e celebrar esse facto alegremente. Isto é o primeiro passo para o totalitarismo; se tudo é inequivocamente faccioso, até a ciência, então eu tenho o direito de defender com unhas e dentes os meus interesses, que têm uma vantagem final que nenhuns outros interesses têm: são meus. Por outro lado, qualquer análise superficial das instituições científicas mostra que estas estão em parte feitas de maneira a contrariar a parcialidade e a procurar a máxima objectividade (leia-se em português, a este respeito, o prólogo de Jorge Buescu do seu livro O Mistério do Bilhete de Identidade). Fingir que não há diferença entre as instituições científicas e as religiosas, por exemplo, só pode ser fruto de confusão mental ou do tipo de facciosismo cego que está na moda imputar à ciência.Precisamos de estar vigilantes, de procurar a verdade das coisas, de denunciar a mentira, a prostituição da ciência para fins políticos e ideológicos. E nesta tarefa nada nos ajuda a declaração sofística, baseada em imaginadas autoridades filosóficas, de que tudo é inequivocamente faccioso e que a objectividade é um mito. Argumentar que X não existe porque não existe um X puro é o tipo de falácia contra a qual temos de estar precavidos, pois é dela que nasce a ideia pós-moderna de que devemos celebrar a ideologização da ciência, da filosofia, da história e talvez até das quecas. Do facto de ninguém ser puramente bom, não se segue 1) que não há pessoas boas, e umas mais que outras, nem 2) que devemos celebrar a maldade, a inveja, a perversidade e a pura manipulação desavergonhada, nem 3) que não devemos procurar ser boas pessoas, dentro das nossas muito humanas limitações.
Desidério Murcho,
publicado em De Rerum Natura
10 outubro 2008
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